O tapete voador encantado é um conto infantil mágico onde Ester viaja por mundos de sonhos, vivendo aventuras cheias de coragem e imaginação perfeita para crianças de 5 a 8 anos.
Ester era uma menina de 7 anos que adorava olhar pela janela de seu quarto todas as tardes. Ela morava numa cidade cheia de prédios, mas sempre imaginava que, além do horizonte, havia mundos coloridos esperando por ela. Seu quarto era seu castelo: paredes cheias de desenhos que ela mesma fazia, uma cama coberta de almofadas e um baú de brinquedos que escondia segredos.

Numa tarde chuvosa, enquanto mexia nas gavetas antigas do sótão, Ester encontrou um embrulho de tecido dourado. Quando abriu, ficou de boca aberta: era um tapete colorido, com desenhos de estrelas brilhantes e bordas que pareciam dançar. O tecido era tão macio que parecia vivo.
Ela passou a mão sobre os desenhos e, de repente, o tapete se ergueu no ar, balançando como se convidasse:
— Sobe aqui, Ester! — uma voz suave e alegre ecoou, sem que ela soubesse de onde vinha.
Com o coração batendo rápido, ela subiu. Em um sopro de vento, o tapete voou pela janela, atravessando as nuvens e levando Ester para um mundo que ela só conhecia nos sonhos.

O tapete voador encantado voava leve, quase como se fosse uma música. Ester via lá embaixo rios que brilhavam como prata e montanhas que pareciam cobertas de açúcar. Passaram por um arco-íris tão perto que ela quase conseguiu tocar. Cada cor vibrava e soltava um perfume diferente: o vermelho cheirava a morango, o azul lembrava o mar, o amarelo tinha aroma de limão doce.
O tapete ria com ela, balançando nas curvas do vento.
— Para onde vamos primeiro? — perguntou Ester.
— Para onde seu coração mandar! — respondeu o tapete.
Então, eles mergulharam para dentro de uma floresta mágica, onde árvores cantavam e flores piscavam como pequenas lanternas. Um coelho azul acenou para eles, e Ester respondeu com entusiasmo. Tudo parecia um livro vivo.

Ele tentou manter o equilíbrio, mas a ventania os arrastava em direção a um penhasco de nuvens negras.
— Segure firme, Ester! — gritou o tapete.
Ester agarrou as bordas com toda a força, mas percebeu que, se não ajudasse, poderiam se perder. Ela se lembrou de um livro que falava sobre ventos mágicos e decidiu cantar uma canção de coragem que sua avó lhe ensinara.
A voz de Ester se misturou ao som do vento, e, como mágica, a tempestade começou a se acalmar. O tapete recuperou o controle, e os dois voaram para longe das nuvens escuras, rindo de alívio.
Seguindo o brilho de um peixe dourado que voava pelo ar como se fosse um pássaro, Ester e o tapete chegaram ao fundo do mar. Não havia água sufocando, apenas uma luz azul suave que os envolvia.
Lá estava um castelo feito de coral rosa e conchas gigantes. As portas se abriram sozinhas, e uma rainha do mar, com cabelos que pareciam algas douradas, os recebeu.
— Bem-vinda, pequena viajante. O tapete me contou sobre sua coragem — disse ela com um sorriso. — Como recompensa, quero lhe mostrar o Salão dos Sonhos.
No centro do salão, uma fonte mágica jorrava pequenas imagens flutuantes: crianças brincando, famíEsters se abraçando, pessoas ajudando umas às outras.
— Esses são sonhos que precisam de viajantes para acontecer — explicou a rainha. — E você, Ester, pode levar um deles no seu coração.

A rainha pediu que Ester escolhesse um sonho para levar. Ela viu um em que um menino solitário encontrava um amigo, outro em que uma floresta destruída voltava a florescer, e um em que um vilarejo ganhava água limpa.
Ester fechou os olhos e escolheu o sonho da floresta. Sabia que árvores e animais precisavam de cuidado para continuar existindo. A rainha colocou uma pequena semente dourada nas mãos de Ester.
— Plante-a no lugar certo, e ela fará crescer não só árvores, mas esperança.
O tapete voador sorriu, orgulhoso de sua nova amiga.

O tapete levou Ester de volta para casa. O sol já estava se pondo, pintando o céu de laranja e rosa. No jardim do prédio onde morava, Ester ajoelhou-se e plantou a semente dourada.
No mesmo instante, brotou uma pequena árvore que brilhou antes de se tornar verde e forte. Ester sabia que aquela era só a primeira de muitas viagens. O tapete, agora enrolado num cantinho de seu quarto, parecia dormir, mas Ester sabia: bastava sonhar para ele despertar e levá-la para um novo destino. E assim, Ester aprendeu que coragem e imaginação podem abrir portas para mundos que ninguém mais vê — e que até o menor gesto pode fazer um grande milagre acontecer.
