A emocionante jornada do Pequeno Pastor em uma história cristã infantil sobre fé, coragem e cuidado com as ovelhas perdidas. Uma lição de vida para crianças.

FAIXA ETÁRIA IDEAL: 4-8 anos

Era uma vez um menino chamado Jairo, um pequeno pastor de sete anos que morava numa vila tranquila rodeada por colinas verdes. Cada manhã, ele levantava antes do sol para cuidar de seu rebanho de ovelhas. Jairo possuía cabelos cacheados escuros como a noite e olhos brilhantes que mostravam quão feliz ele era. Vestia sempre uma túnica marrom simples e sandálias de couro gastas.

Jairo amava seu trabalho. Conhecia cada ovelha por nome e sabia quando estavam felizes, tristes ou doentes. Ele passava horas nas colinas cantando melodias suaves que acalmavam o rebanho. Seu favorito era um cântico que seu avô lhe ensinara sobre o amor de Deus, que cuidava de cada pessoa como um pastor cuida de suas ovelhas.

As ovelhas mais próximas de Jairo eram uma pequena e branca chamada Lulu e seu cordeirinho recém-nascido, Bê. Lulu sempre seguia Jairo de perto, enquanto Bê explorava o mundo com curiosidade, porém nunca se afastava muito de sua mãe.

No final de cada dia, Jairo reunia todas as ovelhas e as conduzia de volta ao cercado seguro, onde passariam a noite protegidas. Ele sempre agradecia a Deus por mais um dia de trabalho e pela proteção sobre seu rebanho antes de dormir, sonhando com as aventuras do dia seguinte.

Uma manhã, enquanto Jairo conduzia o rebanho para um pasto novo, ele notou que algo estava diferente. O céu, geralmente azul e claro, começou a escurecer. Ventos fortes sopravam das montanhas, e o som de trovões ecoava ao longe. Uma tempestade estava se aproximando rapidamente.

Jairo sabia que precisava levar as ovelhas de volta para o abrigo o mais rápido possível. Ele começou a guiar o rebanho pela trilha familiar, porém o vento uivava cada vez mais forte, assustando os animais. As ovelhas começaram a correr em pânico em diferentes direções.

Com grande esforço, Jairo conseguiu reunir a maior parte do rebanho. ToJairoa, quando ele finalmente conseguiu levá-las para o cercado seguro, ele percebeu com o coração pesado que Lulu e Bê não estavam entre elas. A pequena ovelha e seu cordeirinho desapareceram durante a tempestade.
A chuva desabou com violência, e Jairo compreendeu o risco de retornar às colinas naquela hora.

Entretanto, ele não podia abandonar Lulu e Bê. Eles eram parte de seu rebanho, sua responsabilidade. Lembrando-se das histórias que seu avô contava sobre como Jesus deixou as noventa e nove ovelhas para procurar a que estava perdida, Jairo tomou uma decisão corajosa.

Ele pegou sua lanterna, uma capa impermeável e um cajado, e disse ao seu pai que voltaria assim que encontrasse Lulu e Bê. Seu pai, preocupado, mas orgulhoso da coragem do filho, abençoou sua jornada e prometeu orar por sua segurança.

Jairo iniciou sua jornada sob a chuva torrencial. A visão era difícil, e o vento parecia querer derrubá-lo a cada passo. Ele chamava por Lulu e Bê, mas seu voz era abafada pelo rugido da tempestade.

O primeiro desafio foi atravessar o riacho que geralmente era calmo e raso, mas agora estava transbordando e rápido. Jairo sabia que as ovelhas não conseguiriam cruzá-lo naquele estado, então ele precisava encontrar outra rota. Ele lembrou-se de uma ponte de madeira mais adiante, porém o caminho até lá era mais longo e perigoso.

Enquanto caminhava, Jairo tropeçou em raízes e pedras escorregadias. Sua lanterna tremia em sua mão, iluminando apenas pequenos trechos do caminho. Ele começou a sentir medo. Contudo, ele se lembrou da oração que seu avô lhe ensinara: “Deus é meu refúgio e fortaleza, um socorro sempre presente na adversidade”. Com essas palavras em seu coração, ele continuou.

Após horas de busca, Jairo encontrou pegadas frescas de ovelha na lama. Seu coração encheu-se de esperança. Ele as seguiu até uma caverna escura e profunda. Ele sabia que Lulu e Bê poderiam estar lá, abrigados da chuva. Contudo, a escuridão da caverna era aterrorizante, e ele ignorava o que poderia haver em seu interior.
Jairo respirou fundo, renovou sua coragem e adentrou a gruta, com sua lanterna balançando iluminando a trilha à sua frente.

Dentro da caverna, Jairo ouviu um balido fraco. Segurando sua lanterna com firmeza, ele avançou cuidadosamente. O chão era irregular e úmido, e gotas de água caíam do teto formando pequenas poças.

Ele encontrou Lulu encolhida em um canto, tremendo de frio e medo. Bê estava deitado ao lado dela, parecendo fraco e doente. A visão partiu o coração de Jairo. Ele se aproximou lentamente para não assustá-los, acariciando a lã de Lulu e examinando Bê.

O cordeirinho tinha febre e parecia ter machucado a pata. Jairo sabia que precisava levá-los de volta para casa rapidamente, porém a tempestade ainda rugia lá fora. O caminho de retorno se tornaria ainda mais árduo com uma ovelha aterrorizada e um cordeirinho enfermo.
Ele se viu diante de um dilema complexo: deveria empreender a volta imediata, arriscando a saúde de Bê e a segurança de todos sob a tempestade, ou permanecer na caverna até a chuva acalmar, toJairoa com o perigo de Bê se agravar sem os cuidados necessários?

Jairo sentou-se em silêncio, orando por sabedoria. Ele se lembrou de como Jesus, no meio da tempestade no mar, acalmou as águas e trouxe paz. Ele fechou os olhos e pediu a Deus que guiasse seu caminho e protegesse Lulu e Bê.

Nesse momento de quietude, ele percebeu que a chuva lá fora estava diminuindo. O vento não uivava mais tão forte. Jairo sentiu uma paz em seu coração e soube o que precisava fazer. Ele preparou uma pequena pega com sua capa para carregar Bê e ajudou Lulu a se levantar. Era hora de voltar para casa.

Com Bê cuidadosamente envolto em sua capa e Lulu seguindo bem de perto, Jairo iniciou a jornada de volta. A tempestade havia diminuído, porém o caminho ainda era perigoso. A lama tornava a caminhada difícil, e a escuridão da noite começava a cair.

Jairo precisava cruzar o riacho novamente, mas a ponte que ele planejava usar estava danificada pela enchente. Alguns madeiros estavam quebrados, e a correnteza ainda era forte. Ele olhou para Lulu e Bê, depois para a ponte, e sentiu um calafrio de medo percorrer seu corpo.

Ele sabia que não tinha outra opção. Aquele era o único caminho de volta. Jairo respirou fundo, recorreu mais uma vez à sua fé, e deu o primeiro passo sobre a ponte instável. A madeira rangeu sob seu peso, no entanto resistiu. Ele foi cuidadosamente, passo a passo, com Bê seguro em seus braços.

Lulu, assustada, hesitou em segui-lo. Ela balançou a cabeça nervosamente, olhando para a água agitada abaixo. Jairo parou no meio da ponte e chamou-a com voz calma: “Venha, Lulu. Eu estou com você. Deus está conosco. Não tenha medo.”

Com um salto de fé, Lulu atravessou a ponte, seguindo a voz confiante de Jairo. Quando finalmente chegaram ao outro lado, todos estavam seguros, entretanto exaustos. A vila ainda estava a uma boa distância, e Bê parecia piorar a cada momento.

Foi então que Jairo viu luzes se aproximando. Era seu pai, acompanhado por outros aldeões, que haviam saído para procurá-lo. Eles trouxeram cobertores, comida e ajuda médica para Bê. Naquele momento, Jairo sentiu uma imensa gratidão a Deus por ouvir suas orações e enviar ajuda em seu momento de necessidade.

De volta à segurança de sua casa, Jairo cuidou de Lulu e Bê com a ajuda de seu pai. O cordeirinho recebeu os remédios necessários e, em poucos dias, estava saudável e brincalhão novamente. Lulu nunca mais se afastou muito de Jairo, como se soubesse que ele a havia salvado.

Na semana seguinte, o avô de Jairo veio visitá-lo. Orgulhoso da coragem e fé do neto, ele contou a história para toda a vila, que se reuniu para ouvir sobre a aventura do pequeno pastor.

Jairo, um pouco envergonhado com tanta atenção, explicou: “Eu só fiz o que qualquer pastor faria. Eu não poderia deixar Lulu e Bê sozinhos na tempestade. Eu sabia que Deus estaria comigo, me protegendo e me guiando.”

Seu avô sorriu e colocou a mão sobre seu ombro. ” Meu amado Jairo, você compreendeu uma verdade essencial. Tal qual Jesus, o Bom Pastor, vela por todos nós, também devemos zelar uns pelos outros, mesmo quando a tarefa se mostra árdua ou amedrontadora.”

Jairo pensou sobre isso e percebeu que sua jornada o havia mudado. Ele já não era apenas um menino que apascentava ovelhas; compreendia agora o significado da fé, coragem e compaixão, conforme Jesus ensinou.
Naquela noite, ao reunir o rebanho no curral, Jairo ergueu os olhos para o céu estrelado e agradeceu a Deus por Sua presença constante, mesmo nas provações mais árduas. Sabia que, qualquer que fosse o caminho, jamais estaria só, já que o amor divino o protegia como um pastor vela por suas ovelhas.
Dessa forma, o pequeno Jairo prosseguiu em sua jornada, com o coração transbordante fé e amor, preparado para enfrentar os desafios da vida, certo de que Deus estaria sempre ao seu lado.

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