Mergulhe no Oceano do Sonho ! História infantil que ensina técnicas de relaxamento, respiração e superação de medos. Ideal para crianças de 4 a 8 anos.

Luiza, uma menininha de sete anos com cabelos pretos cacheados e olhos que brilhavam como pedrinhas de rio, que adora a hora de dormir. Todas as noites, ela se aconchegava em seu edredom macio, todo estampado com nuvens fofas, e observava as sombras dançarem nas paredes do seu quarto. Seu cantinho favorito era perto da janela, onde uma cortina de renda deixava a luz da lua entrar como um véu prateado. Porém, naquela noite, algo diferente acontecia. Apesar do silêncio e do conforto, Luiza sentia sua mente cheia de pensamentos rápidos, como peixinhos pulando num aquário. Ela virou de um lado, depois do outro, tentando afastar a agitação. O quarto, pintado de um azul-claro suave, parecia menor naquele momento. Entretanto, ao olhar para fora, ela viu a lua cheia, redonda e brilhante, como um grande sorriso no céu escuro, e isso trouxe um pequeno conforto ao seu coraçãozinho inquieto.

Naquela noite especial, enquanto Luiza contava carneirinhos imaginários, algo mágico aconteceu. Uma leve brisa perfumada entrou pela sua janela, trazendo consigo um brilho suave e cintilante. A brisa formou um caminho de luz que parecia convidá-la a segui-lo. Luiza, curiosa como sempre, decidiu seguir o caminho luminoso. Para sua surpresa, o brilho a levou até uma concha marinha grande e brilhante que estava em sua cômoda. Ela nunca tinha visto aquela concha antes! Quando Luiza se aproximou, a conha começou a crescer e a se transformar em um portal de luz azul-turquesa. Sem hesitar, Luiza entrou no portal e se viu em um lugar maravilhoso: o Oceano do Sonho. Águas calmas e cintilantes se estendiam até onde seus olhos podiam ver, e criaturas mágicas nadavam graciosamente ao seu redor. Contudo, Luiza percebeu que, para voltar para casa e descansar tranquilamente, ela precisaria encontrar a Estrela do Sono, que estava guardada no coração do oceano.

Luiza começou sua jornada pelo Oceano do Sonho, montada em um peixe-dourado amigável chamado Néctar. Eles nadaram por jardins de corais coloridos que mudavam de tonalidade conforme passavam. Todavia, o caminho até a Estrela do Sono não era fácil. Primeiro, eles encontraram o Redemoinho das Preocupações, um turbilhão de águas escuras que sugava todos os pensamentos ansiosos. Luiza precisou se concentrar em pensamentos felizes para atravessá-lo. Em seguida, eles chegaram à Caverna dos Medos, onde sombras assustadoras dançavam nas paredes. Porém, Luiza percebeu que, ao entoar uma melodia suave, as sombras se convertiam em formas amigáveis. Por fim, precisaram atravessar o Deserto da Inquietação, uma imensidão de areia movediça que provocava agitação e desconforto em quem a pisava. Néctar esclareceu que o único caminho era dar passos lentos e atentos, inspirando profundamente a cada avanço.

Após superar todos esses desafios, Luiza e Néctar chegaram a um grande palácio de pérolas e cristais, onde a Estrela do Sono era guardada. Porém, para entrar no palácio, Luiza precisava responder a uma pergunta importante: “O que é necessário para encontrar a paz em sua mente e adormecer tranquila?” Luiza pensou por um momento, refletindo sobre tudo o que havia vivido em sua jornada. Ela se lembrou de como se sentiu ao atravessar o Redemoinho das Preocupações, concentrando-se em pensamentos felizes. Lembrava-se de como o canto suave acalmou as sombras na Caverna dos Medos. E recordava a importância dos passos lentos e da respiração profunda no Deserto da Inquietação. Entretanto, ela não tinha certeza se sua resposta estava correta. Este era o momento de decisão: se ela errasse a resposta, poderia ficar presa no Oceano do Sono para sempre. Luiza respirou fundo, reuniu toda sua coragem e disse: “Para encontrar a paz e adormecer tranquila, preciso acalmar meus pensamentos, cantar uma música suave e respirar devagar, sentindo cada movimento do meu corpo.”

As portas do palácio se abriram lentamente, revelando um salão magnífico iluminado pela luz suave da Estrela do Sono, que flutuava no centro do recinto. Contudo, guardando a estrela, estava uma grande criatura marinha chamada Krampus, o Guardião dos Sonhos. Ele tinha olhos grandes e expressivos que brilhavam com uma luz própria e tentáculos que se moviam graciosamente. Krampus explicou que Luiza precisaria provar que era digna de levar a Estrela do Sono, enfrentando seu maior desafio: mergulhar nas Profundezas da Consciência, onde ela encontraria seus próprios medos e inquietações personificados. Luiza sentiu um calafrio percorrer seu corpo. Todavia, ela se lembrou de tudo o que havia aprendido até então. Com a ajuda de Néctar, ela mergulhou nas profundezas e lá encontrou figuras sombrias que representavam seu medo do escuro, sua preocupação com os outros e sua ansiedade sobre o dia seguinte. Em vez de fugir, Luiza abordou cada figura com gentileza, cantando sua música suave e oferecendo pensamentos de calma e amor. Para sua surpresa, cada figura sombria se transformou em uma luz brilhante e colorida que flutuou até a superfície, tornando-se estrelas marinhas cintilantes.

Krampus contemplou tudo com um sorriso sereno e, quando Luiza emergiu das profundezas, ele presenteou-a com a Estrela do Sono. A estrela ajustou-se perfeitamente em suas mãos, resplandecendo uma luz suave e acolhedora que envolveu Luiza em uma sensação de serenidade e calma. Néctar conduziu-a de volta ao portal, e antes da despedida, o peixe-dourado sussurrou: “Lembre-se, Luiza, você sempre poderá retornar ao Oceano do Sonho sempre que precisar acalmar-se.”Basta fechar os olhos, respirar fundo e imaginar este lugar mágico.” Luiza voltou para seu quarto, ainda segurando a Estrela do Sono, que agora se transformou em um pequeno colar de estrela que ela podia usar sempre que precisasse. Naquela mesma noite, Luiza deitou-se em sua cama, inspirou profundamente e visualizou o Oceano do Sonho. Minutos depois, adormeceu sorrindo, mergulhada em sonhos com suas companhias submarinas. Dali em diante, Luiza nunca mais enfrentou dificuldades para relaxar e dormir, pois descobrira a força interior que lhe permitia acalmar a mente e alcançar a paz. Ela compreendeu que, mesmo quando o mundo ao redor parecia turbulento, sempre poderia encontrar um mar sereno em sua mente, onde todos os sonhos ganham asas. Contudo, o maior aprendizado foi reconhecer que esse refúgio mágico existia dentro dela, aguardando apenas um suspiro consciente para desabrochar.

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